As oscilações do preço do diesel causaram novo reajuste do preço do frete. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) a atualização dos pisos mínimos. Assim, o peço do frete do transporte de carga de lotação, por exemplo, teve aumento médio de 3,91% (veja tabela abaixo).
Segundo a lei nº 13.703 de 2018, o reajuste está ligado ao chamado “gatilho”. Ou seja, o mecanismo que considera a variação de preço do diesel S10 nas bombas para aumentar ou reduzir o preço do frete. Assim, sempre que a oscilação do preço do combustível passar de 5%, a tabela muda.
Conforme a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves (ANP), de 20 a 26 de agosto o preço médio do litro do diesel S10 ficou em R$ 6,05. Portanto, houve aumento de 10%, desde o último reajuste na tabela frete.
De acordo com a economista do Instituto Paulista de Transporte de Carga (IPTC), Raquel Serini, o preço do frete da carga frigorificada foi o que mais subiu. Ou seja, a alta foi de 6,16%. Por outro lado, o menor reajuste, de 3,92% foi aplicado ao frete de operações de cargas perigosas.
Planilha de cálculo do frete
Criada em 2018, a tabela de frete traz valor o mínimo que deve ser pago pelas transportadoras e embarcadores. Segundo a legislação, os preços referem-se ao quilômetro rodado, por eixo. Bem como à distância percorrida e o tipo de carga. Assim, uma planilha de cálculo permite apurar quanto o caminhoneiro deve cobrar pelo serviço.
Seja como for, negociar bem o frete é essencial. Segundo estudo feito em 2022 pela Fretebras, isso pode garantir até 20% a mais de lucro ao caminhoneiro. O levantamento foi feito com motoristas cadastrados na plataforma eletrônica de oferta de frete.
Portanto, essa solução ajuda a minimizar o impacto da alta de outros insumos e serviços que afetam a operação. Ou seja, pneus, peças, pedágio, etc.
Confira altas de preço do frete, por tipo de operação
- Transporte rodoviário de carga de lotação: 3,91%
- Veículo automotor de cargas: 4,46%
- Transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho: 4,81%
- Veículo de cargas de alto desempenho: 5,44%