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Tráfego das rodovias bate recorde e CCR tem melhor 2° tri da história 

Na margem, a economia está bombando. 

É isso o que sugere o resultado da CCR que acaba de ser publicado. A companhia teve seu melhor segundo trimestre da história — com receita, EBITDA e lucro recordes.

Os números foram impulsionados por uma demanda robusta em todas as unidades de negócio — com um tráfego especialmente forte nas rodovias — além de iniciativas de redução de custos.

A Autoban, o maior sistema de rodovias do portfólio da empresa, teve o melhor mês de sua história em junho, com 26,7 milhões de eixos equivalentes circulando. Até agora, o melhor mês havia sido novembro de 2023, quando circularam na rodovia 26,4 milhões de eixos equivalentes. 

O tráfego comercial na Autoban está agora 47% acima do nível pré-covid. 

“É um sinal muito positivo da qualidade dos nossos ativos e da atividade econômica do Brasil,” o CEO Miguel Setas disse ao Brazil Journal. “Temos hoje uma expectativa de PIB maior do que tínhamos no início do ano.”

Segundo ele, o destaque nas rodovias está sendo o segmento comercial – ou seja, caminhões e carretas.

“A atividade de exportação cresceu muito com a alta do dólar, e as nossas rodovias em São Paulo e no Mato Grosso do Sul capturam muito bem essa dinâmica,” disse ele. 

A gigante de infraestrutura reportou uma receita líquida de R$ 3,48 bilhões, 12,8% acima do ano passado, com um EBITDA de R$ 2 bilhões (+14,4%) e lucro líquido de R$ 411 milhões, mais que o dobro do ano passado. 

O EBITDA veio ligeiramente abaixo do consenso Bloomberg, que projetava R$ 2,1 bilhões, enquanto o lucro superou o consenso em 2,2%. 

Nos aeroportos, a CCR também viu um fluxo muito forte no trimestre, com o tráfego crescendo 9%. 

O destaque foi o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, que também teve o melhor junho de sua história com mais de 1 milhão de passageiros no mês. O tráfego em Confins aumentou 15% do primeiro para o segundo trimestre.

Além do aumento da demanda por fatores macro, Miguel disse que a companhia também aumentou a oferta de rotas em seus aeroportos, o que contribuiu para o resultado. Confins, por exemplo, passou a oferecer a rota BH-Curaçao. 

Na mobilidade urbana, a vertical que engloba as linhas de metrô, o aumento foi de 8% no tráfego, mas ele foi impulsionado pela entrada em operação de algumas linhas. No metrô da Bahia foram entregues duas novas estações, e no VLT carioca foi inaugurado o TIG (Terminal Intermodal Gentileza), o que levou a um aumento de 29% no tráfego. 

As linhas 5 e 4 de São Paulo também cresceram — 11% e 5%, respectivamente — em parte pelo regresso das empresas aos escritórios.

Para o terceiro tri, Setas disse que espera uma certa estabilização. “Deve ter algum efeito de amortecimento,” disse ele. “Não achamos que essa demanda robusta vai se propagar por todo o segundo semestre, mas julho ainda está sendo muito está sendo muito forte.”

Sobre a melhora no bottom line, o CEO disse que ela teve a ver com o aumento da receita, mas também com o trabalho que a empresa tem feito para controlar custos, com a simplificação das estruturas e contenção de despesas.

A companhia entregou um opex caixa/receita líquida de 40,5% neste trimestre, em comparação aos 40,7% do trimestre anterior. O guidance passado durante o Investor Day de maio é chegar a menos de 38% até 2026.

Setas disse que este ano a empresa espera chegar a 40% e terminar 2025 em 39%. 

Com os altos investimentos que a CCR tem feito, a alavancagem subiu ligeiramente no trimestre, passando de 3x EBITDA para 3,1x. A empresa tem dito ao mercado que sua meta é manter a alavancagem entre 2,5x EBITDA e 3,5x. 

“Estamos há cinco trimestres estabilizados em cerca de 3x, dentro desse nosso objetivo,” disse o CEO. “Também temos feito operações importantes de liability management,” trocando dívida mais cara por dívida mais barata e alongando prazos.

Como parte deste esforço, a CCR recentemente levantou R$ 2,2 bilhões numa emissão de debêntures.

A companhia também fez uma emissão de debêntures incentivadas com o BNDES de mais de R$ 10 bilhões, com 23 anos de prazo e 7 de carência, e vai usar os recursos para financiar seu maior investimento dos próximos anos: as obras da CCR Rio-SP, que engloba as rodovias Rio-Santos e Dutra. 

Com os recursos levantados, a CCR já garantiu 70% do capex necessário para a obra, de R$ 15 bilhões. 

“Essa obra é estrutural para o Brasil, uma das principais rodovias em tráfego. Vamos ter que fazer diversas expansões e duplicações: são 91 passarelas, 51 dispositivos de retorno, e mais de 1,5 mil quilômetros de faixas adicionais,” disse o CEO.

No segundo tri, a CCR investiu R$ 1,6 bilhão, 16,6% a mais que no trimestre anterior. 

A companhia vale R$ 25 bilhões na B3. O papel – que responde muito à taxa de juros – cai 6,3% nos últimos 12 meses.

Fonte: Brazil Journal

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