Em 2023, carregamentos diversos e produtos alimentícios permaneceram entre as mercadorias mais visadas pelas quadrilhas. Juntos, estes tipos de cargas representaram 66,5% dos prejuízos. É o que aponta o “Análise de Roubo de Cargas”, relatório exclusivo anual da nstech.
Os dados do relatório indicam também que o dia da semana mais vulnerável de 2023 foi a quarta-feira nas operações de transferência, nas quais há maior valor agregado embarcado nos veículos. Os prejuízos registrados nesse dia aumentaram 80% na comparação com 2022. A prática continua registrando um maior número de ocorrências à noite, com aumento de 10% em relação a 2022.
Quanto ao valor de carga, o dia da semana mais crítico foi o domingo, com 19,4% dos prejuízos e ações concentradas no período da noite.
Nas operações de distribuição/last mile, também houve maior concentração às quartas-feiras, mas as abordagens ocorreram no período da manhã, onde está concentrado o maior fluxo de entregas – sendo os dias da semana mais críticos às quartas-feiras e quintas-feiras, com as abordagens ocorrendo no período da manhã e da tarde.
Sobre os produtos alimentícios, a maioria dos casos de roubo destes produtos ocorreu em São Paulo (49,2%) e no Rio de Janeiro (20,1%). Minas Gerais somou 13,3% dos eventos. Maranhão, Pará, Pernambuco e Santa Catarina não tiveram registros de roubos de cargas alimentícias.
“Apesar de ainda termos um caminho extenso pela frente, 2023 foi um ano importante para demonstrar que os esforços feitos pelo mercado em direção à segurança rodoviária estão se refletindo positivamente”, explica o CEO da nstech, Vasco Oliveira.
Oliveira afirma que os investimentos na tríade de segurança logística – cadastro, monitoramento e gestão de contratos – renderam, no ano passado, alguns números relevantes. “Em 2023, 74% dos sinistros relacionados a roubo de carga foram evitados, preservando o equivalente a R$ 340 milhões”, afirma.