Quase setenta países concluíram, estão em processo ou têm planos para desativar suas redes 3G e 2G, segundo um relatório divulgado pela GSA, associação global que representa fornecedores do setor de telecomunicações. Os dados referem-se ao mês de julho de 2024, e representam um salto no progresso para o encerramento das redes antigas.
Ao final de 2023, apenas 59 países tinham procedimentos concluídos, planejados ou em andamento. Hoje, esse número saltou para 68. A expectativa é que o encerramento das redes 3G e 2G em 2024 seja maior que o registrado em 2023, mas o pico de desligamentos ocorrerá em 2025, segundo a análise da GSA.
Dentro de um ano, o encerramento do 3G deve ultrapassar os desligamentos do 2G, segundo dados da associação de telecomunicações. 2025 também será o ano com maior índice de operadoras mudando para o 4G e 5G, com 32 operadoras de telecomunicações planejando o desligamento do 2G, e 16 planejando o desligamento do 3G.
O relatório mostra ainda as tecnologias para as quais as operadoras migrarão após o desligamento do 3G e/ou 2G. 43,5% dos desligamentos serão realizados em prol da atualização para o 4G e 5G; 39,7% atualizarão somente para o 4G; 7,6% atualizarão somente para o 5G; 7,6% atualizarão para o 3G e 4G; e 1,2% atualizarão para O 3G, 4G e 5G.
A maioria dos desligamentos concluídos, planejados ou em andamento são feitos por operadoras na Europa, com 52% do total. A Ásia fica em segundo lugar, com 22% dos procedimentos registrados. A América Latina e Caribe compõem 8% do total. Na sequência, estão a América do Norte (7%), Oceania (6%) e África e Oriente Médio (5%).
O ritmo de desligamento das redes legadas parece destinado a acelerar nos próximos anos, com inúmeras operadoras de todo o mundo planejando fechar essas redes. O número dominante de dispositivos compatíveis com 4G e 5G, bem como a adoção de tecnologias mais recentes, devem desacelerar qualquer participação das redes 3G e 2G.
Já em discussão no Brasil, o desligamento das redes 3G e 2G será liderado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A agência abriu recentemente uma consulta pública que visa a discutir novos requisitos para a certificação e homologação de aparelhos e impedir que aparelhos compatíveis somente com 2G e 3G sejam vendidos no Brasil.