Por Bruna Medeiros, Presidente da GRISTEC
Duas décadas podem parecer pouco tempo quando falamos de setores consolidados, mas para o mercado de rastreamento e gerenciamento de riscos, 20 anos representam uma revolução completa.
Quando a GRISTEC foi fundada, em 2005, o setor ainda estava engatinhando. A segurança no transporte rodoviário de cargas era um dos principais desafios, e as soluções disponíveis eram limitadas. Naquela época, rastrear um veículo era caro, complexo e pouco acessível. A conectividade ainda era precária, e a gestão de riscos era muito mais reativa do que estratégica.
Hoje, olhando para trás, percebemos o quanto crescemos, evoluímos e, acima de tudo, o quanto o setor se tornou essencial para toda a economia.
De uma solução de segurança para um pilar estratégico das empresas
Se antes a preocupação central era o roubo de cargas, hoje o mercado de rastreamento e GR é muito mais do que isso. Com o avanço das tecnologias, a gestão de riscos se tornou um elemento estratégico para toda a cadeia logística, trazendo inovação, dados precisos e inteligência de mercado.
O rastreamento deixou de ser apenas um recurso emergencial e passou a gerar informações valiosas para tomada de decisões. Hoje, as empresas conseguem:
- Prever riscos e atuar de forma preventiva;
- Otimizar rotas e reduzir custos operacionais;
- Garantir maior eficiência logística com dados em tempo real;
- Atender exigências regulatórias e melhorar compliance;
- Aprimorar a experiência do cliente, garantindo maior previsibilidade nas entregas.
A tecnologia evoluiu tanto que o rastreamento agora está integrado a IoT, inteligência artificial e Big Data, permitindo que gestores tenham uma visão 360° do transporte, da segurança e da operação como um todo.
A revolução da conectividade e a nova era do rastreamento
Outro grande avanço foi a evolução da conectividade. O setor acompanhou mudanças significativas, saindo de uma dependência exclusiva do 2G/3G para redes mais robustas, como o 4G e 5G.
Se antes enfrentávamos dificuldades com sinal instável e baixa cobertura, hoje temos um cenário muito mais promissor. Com a chegada do 5G, por exemplo, a comunicação entre veículos, sensores e centrais de monitoramento se tornará ainda mais ágil e eficiente.
Isso significa que as empresas terão dados mais precisos e em tempo real, reduzindo falhas e tornando a gestão de riscos cada vez mais estratégica e menos operacional.
Mas a transição tecnológica também traz desafios. É fundamental que o setor esteja unido para garantir que essa modernização seja feita de maneira planejada, sem prejudicar a operação de milhares de empresas que dependem das redes atuais.
Regulamentação e representatividade: o futuro depende de organização
Com o crescimento do setor, veio também a necessidade de regulamentação e organização. Nos últimos anos, a GRISTEC atuou fortemente para dar voz às empresas de rastreamento e GR, garantindo que o setor tenha representatividade nas principais discussões regulatórias e legislativas.
A modernização e expansão desse mercado precisam ser feitas de forma estruturada, garantindo segurança jurídica, padrões de qualidade e equilíbrio para todos os players.
A regulamentação é um passo essencial para:
- Evitar que decisões unilaterais prejudiquem o setor (como o desligamento abrupto de tecnologias ainda em uso);
- Garantir que empresas tenham suporte para se adaptarem às mudanças tecnológicas;
- Criar um ambiente de negócios mais seguro, confiável e sustentável.
Por isso, o fortalecimento da representatividadeé essencial para os próximos anos. A união do setor será o fator determinante para superar desafios e construir um mercado cada vez mais sólido e inovador.
O que esperar para os próximos 20 anos?
Olhando para o futuro, vemos um mercado cada vez mais tecnológico, integrado e essencial para a logística nacional e internacional.
O rastreamento e o gerenciamento de riscos continuarão evoluindo para se tornarem mais inteligentes e automatizados, utilizando tecnologias emergentes como machine learning, sensores avançados e conectividade total entre veículos e centrais de controle.
E, se há 20 anos a segurança era o único foco, hoje falamos em eficiência operacional, gestão preditiva e integração total da cadeia logística.
Mas para garantir que essa evolução continue de forma sustentável, é fundamental que o setor esteja organizado, representado e preparado para o futuro.
Por isso, a GRISTEC seguirá atuando para defender os interesses das empresas de rastreamento e GR, promovendo inovação, regulamentação e fortalecimento do setor.
Afinal, a evolução do rastreamento e gerenciamento de riscos é a evolução da segurança e da logística como um todo.
Se sua empresa faz parte desse mercado e quer acompanhar essa transformação de perto, junte-se à GRISTEC. Vamos juntos construir os próximos 20 anos!
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Sobre Bruna Medeiros, Presidente da GRISTEC: Desde 2008 na Trans Sat Gerenciamento de Risco, em São José do Rio Preto, empresa criada por sua mãe, Rosângela Medeiros, em 2000.
No decorrer dos anos, Bruna passou por todas as áreas da empresa, o que trouxe muito conhecimento sobre as necessidades do mercado brasileiro de transporte de cargas e logística e, principalmente, sobre gerenciamento de riscos e seus desafios.
Assim, com o desejo de tornar o segmento mais forte e contribuir com a organização do setor para um mercado mais equilibrado e justo, Bruna passou a parte da GRISTEC, como Diretora de Gerenciamento de Riscos.
Em 2021, foi eleita presidente da entidade, reafirmando o compromisso com a melhoria contínua do setor como um todo, sempre com foco em contribuir para o desenvolvimento e segurança de nosso país.
Sobre a GRISTEC: A GRISTEC, Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento, é uma entidade patronal, fundada em 2005. Reúne empresas do setor de gerenciamento de riscos, rastreamento e telemetria, em todo o Brasil.